O PROPÓSITO



Para a maioria das pessoas, o problema dos anjos (do grego ággelos = mensageiro) reside acima de tudo no fato de os mesmos serem "invisíveis". Assim, contrariamente a uma quantidade de coisas que chamamos modernamente de "realidade", eles não estão à venda nos supermercados, não se prestam para fazer negócios, não entram na política e também não tomam parte em programas de televisão. Em resumo, para muita gente os anjos são umas perfeitas inutilidades. Além disso, é preciso uma certa coragem para se falar de anjos a sério e em público, não vá alguém se lembrar de chamar um psiquiatra...
Os anjos existem?É preciso aqui evitar logo à partida um erro fundamental: entrar em discussões ou altercações acerca da questão absolutamente desinteressante do "existir ou não existir" dos anjos. Senão, as pessoas se dividem entre descrentes ferrenhos ('não me venham com histórias da carochinha, comigo o negócio é ver para crer...') e crentes difusos ('não sei não, sinto que tem aí qualquer coisa mais séria... afinal, até está na bíblia, não é?') e o resultado é que propriamente o assunto dos anjos fica colocado de lado.É também importante desmontar essa fantasia acerca da "invisibilidade" dos anjos, como se isso fosse prova de que eles não existem. Afinal, há um montão de coisas neste mundo que é invisível, mas ninguém se preocupa em provar se existem ou não. Por exemplo (para não falar de banalidades como o ar que respiramos ou o buraco na camada de ozônio) também o nosso pensar, sentir e querer, que são fundamento do nosso complexo existir humano e não-animal, são tão invisíveis como os anjos. Igualmente invisível é uma declaração de amor (e ao telefone, sem pele para tocar, fica ainda mais invisível) ou uma palavra amiga proferida num momento de aflição. Também invisível é a força que nos sujeita a todos à superfície deste globo no espaço sideral, não esquecendo que invisível é também a radioatividade de Tschernobyl ou o sofrimento de uma mãe perante o seu filho abatido a tiro à saída da escola em qualquer canto do Kosovo. Se a gente fosse medir a realidade do mundo só na base do que é perceptível através dos sentidos, ficaríamos com um pobre mundo, feito apenas de minerais mortos, plantas e animais -- com homens, máquinas, armas atômicas e computadores à mistura.Podemos assim deixar para trás o blá-blá infantil do "acredito/não acredito" e avançar no tema para colocar algumas questões bem mais interessantes: que espécie de existência têm os anjos, quais são as suas tarefas e como é que podemos chegar a contatá-los?

Devemos assim ter em mente que os anjos pertencem a um vasto espaço nocional que é como uma espécie de contrapartida existencial, não-sensorial, do nosso mundo sensorial. Por outras palavras, eles habitam na "outra metade" do mundo.

Na verdade, para além do complexo e fascinante "mundo real- material" acessível à nossa instrumentação biológica, a esfera do "não-sensorial" é também um espaço extremamente real e denso da existência superior intrínseca de qualquer ser humano. Afinal, é nesse domínio que estão presentes os nossos ideais, os nossos impulsos de vontade, os nossos esforços de orientação da própria vida e destino, etc.
O interessante no caso dos anjos é que, pelo fato de eles prescindirem de um corpo biológico como o nosso, a sua constituição inferior ou "corpo", fica um degrau acima da nossa. Eles evoluíram para uma hierarquia logo acima do plano humano, onde têm à disposição possibilidades de incorporação na natureza ou na subconsciência humana. As suas energias e qualidades são necessária e intrinsecamente diferentes daquelas que vigoram para a assim chamada condição humana. As pessoas que sabem o que é estar intensamente expostas aos elementos (por exemplo, através de uma demorada excursão pelas montanhas, de uma perigosa viagem marítima ou de intenso trabalho em campo aberto) conhecem muito bem esta experiência subtil, em que nos apercebemos intuitivamente da presença nos elementos de forças para além da realidade física que nos cerca.

Em muitas cul




Considerando assim os homens como seres intermediários entre os animais e os anjos, poderíamos nos perguntar: porque é que os homens não têm asas ou coisa parecida? A resposta é que os homens -- todos os homens -- têm precisamente algo como asas, uma espécie de asas espirituais em desenvolvimento. Num futuro distante, elas serão parte integrante do seu estado humano imaterial metamorfoseado. No mundo quotidiano fala-se até de 'dar asas à imaginação' para designar uma atividade interior especialmente criativa; também se fala de 'dar asa' para significar uma oferta de independência e intimidade, ou então de 'ganhar asas' para indicar o esforço anímico de alguém que se ultrapassa a si próprio. Neste sentido, os homens realmente já podem ter asas, mesmo que só por momentos. Mas elas podem ser estimuladas, treinadas e intensificadas, até ao ponto de uma pessoa ganhar já hoje algumas das qualidades e habilidades que pertencerão à humanidade no futuro. Qualquer pessoa que se dedique a cultivar esse espaço não-sensorial da vida interior, aparentemente invisível ou obscuro porque situado "à retaguarda", está virtualmente promovendo as suas asas e melhorando o seu contato com os anjos; ou seja, está promovendo uma iluminação e expansão da própria consciência.


Vistos pelos anjos, os homens só surgem como uma imagem nítida e luminosa na medida em que estão em causa as suas melhores qualidades e intenções. Tudo aquilo que pertence mais ou menos ao quotidiano material, ou à compulsão causal do mundo físico, é apreendido pelos anjos como se fosse uma região escura numa pintura. Por outro lado, quanto mais impulsionadas forem nos homens as preocupações superiores do espírito - intelectuais, artísticas ou religiosas - mais nítidos ficam os contornos, mais fortes as cores e mais brilhantes as imagens que um anjo pode formar. Desta maneira, embora os anjos não tenham um acesso direto às condições materiais, crescem as possibilidades de sua intervenção nas forças positivas da vida individual dos homens, especialmente em assuntos que dizem respeito ao destino e à orientação da vida no seu todo.
Muitas representações artísticas clássicas mostram anjos tocando instrumentos, especialmente trombetas. Isto pretende representar a afinidade muito especial que as hierarquias têm com a esfera musical e com os seus impulsos puramente espirituais, algo que os homens também conseguem afinal perceber quando estão mergulhados em estados de elevação e inspiração através da música. Diz-se até popularmente que alguém foi transportado "pelas asas da música". A experiência musical tem realmente algo de espetacular: ela permite aos homens acessar estados supra-sensíveis (ou seja, o domínio espiritual) sem ter que abandonar o material! Por outro lado, é preciso não esquecer que neste domínio também se levanta a questão da espécie de "espiritualidade" que se pretende invocar, pois através de formas brutais e degeneradas de "música" pode-se igualmente apelar não ao supra-sensível habitado pelos anjos, mas sim ao infra-sensório habitado por forças contrárias.


Não só o povo fala vagamente de "providências divinas", mas até grandes nomes da ciência e da cultura devem suas criações ou decisões vitais a momentos deste tipo. Nestes casos, o anjo propriamente não interfere diretamente no mundo físico, mas sim inculca determinados impulsos na esfera volitiva de uma pessoa, os quais depois têm conseqüências até ao nível físico e prático. Por outro lado, uma pessoa pode também se fechar ou endurecer intimamente, até ao ponto de não estar receptiva para estes instantes. A sua condição pode então ser simplesmente comparada à de um telefone desligado, incapaz de receber as chamadas dos anjos.
Os anjos têm além disso uma espécie de percepção sintética ou "visão de conjunto" sobre os destinos comuns de variadas pessoas, de modo que conseguem interferir providencialmente também nos assim chamados "acasos" entre pessoas. Existe a história real de uma jovem que um dia sonhou de maneira realística que um anjo lhe mostrava o semblante do seu futuro marido. A imagem onírico-premonitória inculcada na sua memória foi tão poderosa, que ela durante muito tempo se concentrou em procurar, um pouco por todo o lado, o rosto do "homem da sua vida". Passaram-se os anos, durante os quais o assunto esmoreceu. Um dia, ela foi convidada para fazer férias num país estrangeiro, na casa de uma família amiga. A sua estadia numa pequena aldeia tradicional da Escandinávia foi um sucesso, sendo que no último dia o pessoal organizou uma festa tradicional de despedida. No final da mesma ela deveria embarcar num navio. Já mais no fim da festa, apresentou-se por acaso no local um amigo da família, que segundo a tradição vigente devia também obrigatoriamente dançar pelo menos uma vez com a visitante. No meio da dança, a moça reconhece no jovem o tal "homem mostrado pelo anjo" e, como que atingida por um raio, conta-lhe rapidamente a história. Ela explica que não há tempo a perder, porque tem que embarcar em seguida de volta para a sua pátria distante, e pergunta à queima-roupa se ele quer casar com ela. O rapaz, semi-aturdido, pede uns momentos de reflexão e em seguida concorda. Mais tarde eles se reuniram, casaram e tiveram uma harmoniosa vida, rica em filhos e em experiências.

Quando não embrutecidas por circunstâncias exteriores negativas, as próprias crianças parecem demonstrar uma habilidade especial para sentir a presença dos anjos, como se tivessem uma "linha telefônica" normal com o mundo espiritual, conforme disse Rudolf Steiner já em 1920, na sua conferência sobre a missão da nova cultura espiritual no mundo. Isto é facilmente compreensível, se considerarmos que as crianças praticamente "acabaram de chegar do lado de lá", onde viveram em estado puramente não-sensorial e em total intimidade com as mais variadas hierarquias angelicais, antes de serem conduzidas para o mergulho na matéria. Durante os primeiros três anos de vida o anjo envolve e permeia por completo a existência infantil, trabalhando afincadamente na substanciação do seu Eu. A criança está nesse período virtualmente mergulhada numa atmosfera espiritual. Muitos sábios até já disseram que se pode aprender muitíssimo da pura observação detalhada de uma criança de tenra idade.
Com 3 anos, a criança começa a dizer "eu" e em seguida começam a trabalhar nela os elementos específicos do destino, a caminho da vida adulta. Mas a relação com o anjo permanece especialmente forte ao longo da infância, até aproximadamente à puberdade. Por isso é recomendável e saudável manter uma espécie de "cultura do anjo" na idade infantil. É espantosa a força espiritual positiva desencadeada, e o trabalho de consolidação da personalidade de uma criança, quando os pais cultivam o hábito de um verso ou 'oração' ao anjo, formulado antes do adormecer (está na memória uma das fórmulas mais singelas conhecida em Portugal: "Anjinho da guarda, minha doce companhia, guardai-me esta noite e amanhã todo o dia"). A formulação exata não tem importância, e também não se trata aqui de inculcar hábitos 'religiosos' na criança. Uma criança é por si já culto e religião suficientes. As investigações simplesmente demonstraram que as crianças educadas numa atmosfera de respeito e recato perante (pelo menos) esta dimensão da realidade espiritual, desenvolvem-se mais saudavelmente em termos físicos e psíquicos, e aprofundam melhor a identificação com o seu destino como futuros adultos. Quadros e pinturas de anjos não são seguramente objetos destinados a alimentar uma irracional crendice ou idolatria, mas sim valiosíssimos elementos artísticos que ajudam a sugerir a essência de uma presença espiritual universal, ativa de maneira positiva e permanente na vida de crianças e adultos.

Efetivamente, está em curso nos nossos tempos -- tão invisivelmente como a própria presença dos anjos, mas com iguais conseqüências -- um histórico processo de expansão e revelação de forças espirituais, que não tem paralelo na história do mundo. Um dos seus efeitos é o despertar simultâneo de milhões de pessoas para a necessidade de alimentar as suas existências com algo mais do que a mera luta pela existência, a qualidade material da vida ou a permanente luta pela afirmação da sua personalidade livre. Simultaneamente com este verdadeiro chamado na mais profunda essência oculta dos homens, erguem-se hoje formidáveis forças antagonistas que tentam obscurecer a consciência e receptividade das pessoas, utilizando para tal todos os meios concebíveis: uma medicina marcada pela distância humana e pela robotização dos procedimentos, uma política baseada em premissas decadentes e materialistas, uma cultura dominada por meios audio-visuais que apelam à violência e à provocação de instintos sexuais sem contexto anímico, um jornalismo de baixo sensacionalismo, uma ilusão de "mundos transcendentais" através de drogas, um virtual envenenamento coletivo por meio da poluição química, sonora e psicológica do meio-ambiente, uma militarização da vida laboral e política, e ainda uma invasão de mensagens rebuscadas de pretenso espiritualismo vindas de gurus de todas as cores e tipos (até mesmo sob a bandeira de Jesus-Cristo), que redundam quase sempre numa dependência sub-reptícia das consciências, etc.
No meio de tudo isto o mundo espiritual, e em especial o mundo dos anjos, iniciou uma fase histórica de revelação (Apocalipse) que está sacudindo contínua e invisivelmente o mundo. Mas não se trata da intervenção de um qualquer Deus jeovático castigador, que vem ajustar contas com uma humanidade pervertida e oferecer o paraíso para os bons, como muitas seitas de fim-de-mundo apregoam. Trata-se simplesmente de uma evolução natural daquilo que se vem preparando desde há séculos, como chance de desenvolvimento, de "pulo qualitativo" espiritual para a humanidade.

Os anjos são parceiros tão fiéis dos homens que sofrem com eles. Mais do que isso, os anjos precisam de ser regularmente lembrados na consciência dos homens, a fim de verem revitalizada e confirmada a sua ligação e poderem realmente GUARDAR e AJUDAR.
Meditando com as Estrelas
Faça uma conexão amorosa com os mentores.Visualize um lindo céu estrelado.
Dentre milhões de estrelas, escolha uma que esteja brilhando mais e traga-a, vagarosamente, ao seu encontro, na altura de seu chacra umbilical.A estrela irradia muita luz branco-prateada para seu chacra umbilical e aos poucos, ela entra em você.
Neste momento, concentre-se na palavra VITALIDADE e tudo o que representa: saúde, disposição, energia, etc...Visualize novamente o céu estrelado.
Faça outra estrela vir ao seu encontro na altura de seu chacra cardíaco.
Assim como a estrela anterior, ela também pulsa e irradia muita luz branco-prateada.
Faça com que ela entre em seu coração e o ilumine completamente.
Concentre-se na palavra AMOR e tudo o que representa: bondade, bem-aventurança, compaixão, etc...Olhe novamente para o céu estrelado e traga mais uma estrela; desta vez, na altura de sua testa.
Ela irradia muita luz e calmamente entra em seu chacra frontal, fazendo-o pulsar muito.Concentre-se firmemente na palavra LUZ e tudo o que representa: lucidez, discernimento, equilíbrio, etc...Neste momento, você está com três estrelas, uma no umbilical, outra no cardíaco e a última no frontal.Faça com que as três estrelas pulsem e irradiem muita luz ao mesmo tempo, preenchendo todo seu corpo com luz branco-prateada.Com muito amor e alegria, mentalize uma estrela em cada palma da mão e irradie para o Universo toda essa luz branco-prateada, sentindo-se neste momento, parte atuante e ativa do Universo.Faça isso por um tempo.Vire as mãos para você e faça uma auto-aplicação, sem pressa e com muita atenção.Agradeça aos Mentores pela oportunidade de participar de um trabalho altruísta e agradeça também por tanta paciência, ajuda e amor...
Não podemos enviar presentes a Deus, mas podemos presenteá-lo manifestando amor aos outros filhos dele.