quinta-feira, 22 de março de 2012

No mundo da lua

“A Lua, e não o Sol, é o legítimo cronômetro do alvorecer dos tempos".




A Lua sempre foi o marcador de tempo natural das mudanças periódicas que ocorriam em todos os reinos, era ela também que assinalava todas as etapas e padrões do eterno ciclo da vida e da morte. Sua misteriosa luz prateada apontava o momento certo para o plantio, para a colheita, para o acasalamento e para as mudanças climáticas. Os antigos gregos a representavam como um cálice vazio que se enchia e esvaziava-se lentamente, representando as alterações cíclicas das emoções, reações e necessidades humanas.
O símbolo escolhido para representar a esfera matriarcal é a Lua, em sua correlação com a noite e com a Grande Mãe do céu noturno. A Lua é o astro que ilumina a noite e é o símbolo do princípio feminino, representando potencialidades, estados de alma, valores do inconsciente, humores e emoções, receptividade e fertilidade, mutação e transmutação. E, as fases da Lua, caracterizam os aspectos da natureza feminina, assim como representam os estágios e as transformações na vida da mulher.
O Mundo da Lua aparece na qualidade de um nascimento ou renascimento. Onde quer que se visualize seu símbolo, sempre estaremos diante de um mistério de transformação matriarcal, mesmo que algumas vezes, mostre-se camuflado no mundo patriarcal.
Os astros luminosos em sua dimensão arquetípica, sempre são símbolos da consciência e do espírito da psique humana. É por isso que sua posição nas religiões e ritos é característica das constelações psíquicas dominantes no grupo que, a partir do seu inconsciente, projetou-os no céu. Para ilustrar, o Sol tem sua correspondência na consciência patriarcal, enquanto a Lua na consciência matriarcal.

O aspecto lunar do matriarcado não se refere ao espírito invisível e imaterial, bandeira defendida pelo patriarcado, mas foi a razão pela qual fez com que a Lua acabasse depreciada, assim como o Feminino a que ela corresponde. Todos seus princípios marginalizados levaram à conceituação abstrata da consciência moderna e, que hoje ameaça a existência da humanidade ocidental, pois a unilateralidade masculina acarreta uma hipertrofia da consciência, às custas da totalidade do homem.
O conhecimento abstraído pela consciência coletiva da humanidade encontra-se nas mãos de representantes masculinos, que nem sequer são capazes de incorporar o princípio solar imaterial e puro.

O Mundo da Lua está longe de ser, como supunha o mundo patriarcal, somente um nível de matéria inferior, de fugacidade telúrica e escuridão. Nos mistérios do renascimento ocorre a iluminação e a imortalização do homem. Este mesmo homem, que é iniciado pela Grande Mãe, como demonstra os mistérios eleusinos e o seu renascimento acontece como um nascimento luminoso no céu noturno. Ele brilhará como um ponto de luz no manto negro da noite, iluminando o mundo noturno, mas mesmo tornando-se deste modo, imortal, a Mãe não o libera, mas o carrega para perto de si na mandala celeste, pois uma Mãe jamais abandona seu filho. 

A LUA E A MENSTRUAÇÃO

A cada 28 dias a Lua completa seu ciclo de crescente a minguante. A Lua Nova marca a primeira iluminação e um fiapo fica visível no céu noturno. A Lua então cresce até o primeiro quarto, quando se pode visualizar a metade de seu disco. Continua a crescer e completa-se até atingir a Lua Cheia. Neste ponto, começa a diminuir de tamanho até o terceiro quarto, quando novamente só se vê a metade do disco e continua assim até que não se veja mais seu disco. Em quinta fase, esta Lua Escura dura três noites e esta, é este é o mais poderoso de todos os ciclos da Lua.
A Lua, com seu ciclo de nascimento, crescimento e morte, é um lembrete poderoso, todos os meses, da natureza dos ciclos. Em épocas remotas, os ciclos menstruais das mulheres eram perfeitamente alinhados com os da Lua. A mulher ovulava na Lua Cheia e menstruava na Lua Escura. A Lua Cheia era o ápice do ciclo da criação, era quando o óvulo era liberado. Nos 14 dias que antecedem esta liberação, as energias da criação reúnem tudo que é necessário para constituir o óvulo. Quando passava a Lua Cheia e o óvulo não era fertilizado, tornava-se maduro demais e se decompunha, derramando-se no fluxo natural de sangue na Lua Escura. Quando a mulher vive em perfeita harmonia com a Terra, ela só sangra os três dias da Lua Escura. Quando a Lua Nova emerge, seu fluxo naturalmente deve cessar e o ciclo da criação é reiniciado dentro dela.
Em nossa sociedade atual, o uso de pílulas anticoncepcionais, fez com que a mulher deixasse de incorporar e compreender este ciclo de criação e destruição dentro de si.
Alguns índios norte-americanos consideravam a Lua uma mulher, a primeira Mulher e, no seu quarto minguante ela ficava "doente", palavra que definiam como menstruação. Camponeses europeus acreditavam que a Lua menstruava e que estava "adoentada" no período minguante, sendo que a chuva vermelha que o folclore afirma cair do céu era o "sangue da Lua".
Em várias línguas as palavras menstruação e Lua são as mesmas ou estão associadas. A palavra menstruação significa "mudança da Lua" e "mens" é Lua. Alguns camponeses alemães chamam o período menstrual de "a Lua". Na França é chamado de "le moment de la luna".
Entre muitos povos em todas as partes do mundo as mulheres eram consideradas “tabus" durante o período da menstruação. Este período para algumas tribos indígenas era considerado um estado tão peculiar que a mulher deveria recolher-se a uma "tenda menstrual" escura, pois a luz da Lua não deveria bater sobre ela. O isolamento mensal da mulher tinha o mesmo significado que os ritos de puberdade dos homens. Durante este curto espaço de tempo de solidão forçada, as mulheres mantinham um contato mais íntimo com as forças instintivas dentro de si.
Em tribos mais primitivas, nenhum homem podia se aproximar de uma mulher menstruada, pois até sua sombra era poluidora. O sangue menstrual, nesta época, era tido como contaminador. Acreditavam também, que a mulher menstruada tinha um efeito poluente sobre o fogo e se por algum motivo se aproximasse dele, esse se extinguiria. Ainda, de acordo com o Talmude, se uma mulher no início da menstruação passasse por dois homens, certamente um deles morreria. Se estivesse no término de seu período, provavelmente causaria uma violenta discussão entre eles.
Por vários motivos as mulheres acabaram impondo a si mesmas uma abstinência, muito embora, tanto nelas como nos animais, o período de maior desejo sexual é imediatamente anterior ou posterior a menstruação.
Na Índia, acredita-se ainda hoje, que a Deusa-Mãe menstrual. Durante essa época, as estátuas da deusa são afastadas e panos manchados de sangue são considerados como "remédio" para a maior parte das doenças. Na Babilônia, pensava-se que Istar, a Deusa Lua, menstruava na época da Lua Cheia, quando o "sabattu" de Istar, ou dia do mal, era observado. A palavra "sabattu" vem de sabá e significa o descanso do coração. É o dia de descanso que a Lua tem quando está cheia. Este dia é um percussor direto do sabá e considerava-se desfavorável qualquer trabalho, comer comida cozida ou viajar. Essas eram as coisas proibidas para a mulher menstruada. O sabá era primeiramente observado somente uma vez por mês e depois passou a ser observado em cada uma das fases da Lua.
Hoje, uma compreensão científica e objetiva já nos livrou de todos estes tabus, mas é bom lembrar que em certo momento histórico, inconscientemente, a natureza instintiva feminina podia provocar a anulação dos homens.
A natureza da mulher é cíclica e bem separada de seus desejos pessoais e ela experimenta a vida através desta natureza sempre mutável. As mudanças mais marcantes de seu comportamento acontecem em relação aos seus sentimentos. Tudo pode estar auspicioso e alegre em certo momento, mas passado pouco tempo poderá estar melancólico e deprimente. Desta forma, sua percepção subjetiva da vida é projetada para o mundo exterior e a mulher pode sentir a mudança cíclica como uma qualidade da própria vida.
No curso de um ciclo completo, que corresponde à revolução lunar, a energia da mulher cresce, brilha esplendorosa e volta a minguar totalmente. Essas mudanças afetam-na tanto na vida física como sexualmente e também psiquicamente. Na mulher, a vida tem fluxo e refluxo que é dependente de seu ritmo interno. O ir e vir da energia, quando perfeitamente compreendido pela mulher, pode presenteá-la com uma oportunidade de trabalho ou uma aventura espiritual, a qual ela espera há muito tempo. Se a Lua lhe for favorável, ela poderá ter uma vida mais livre e cheia de oportunidades, mas se a Lua estiver desfavorável, pode perder sua chance, sendo incapaz de recuperá-la. Não é de admirar que nossos ancestrais chamassem a Lua de "Deusa do Destino", pois realmente é fato que ela influência no destino da mulher, assim como dos homens também, embora inconscientemente.
No mundo patriarcal, as mulheres descuidaram-se de seus ritmos para tornarem-se competitivas e o mais próximas possíveis dos homens. Caíram, sem perceber, sob o domínio do masculino interior, perdendo o contato com seu próprio instinto feminino, passando a viver somente através das qualidades masculinos do "animus". Entretanto, negar sua identidade é constituir-se em um ser sem alma. Não é incorporando os valores masculinos ou tentando imitar seu comportamento que terá reconhecido o seu valor. A mulher deve ser reconhecida também, pela sua dimensão feminina e não pela sua dissociação da sua realidade psíquica.
A primeira face da Deusa é a Donzela, ou Virgem e que corresponde a Lua Crescente. Representa a juventude, a vitalidade, à antecipação da vida, o início da criação, o potencial de crescimento e a semente do "vir a ser".
A Lua Crescente, portanto, liga-se a "virgem", a mulher solteira e sugerem inúmeras promessas ocultas de crescimento, de riqueza, de criatividade e de prazer. Esta Lua nos faz voar a um mundo de sonhos e devaneios. Nos tornamos seres alados que levitam num céu estrelado de possibilidades, onde o impossível torna-se realidade. É o verdadeiro despertar de Eros, do amor, da vida que não nos impõe nenhum obstáculo. Neste mundo onde tudo é possível a mulher personifica-se como a eterna amante, a musa inspiradora que concretiza a eterna felicidade.
A mulher na Lua Crescente consegue expor sua feminilidade com muita espontaneidade. Ela é a personificação da deusa em sua manifestação instintiva e natural, buscando sua essência. Ela é rica em fertilidade e possibilidades, sem limites. Precisa de todo o espaço para expandir-se e manifestar-se. É erva que se alastra e cobre tudo, pois ela é livre, animal sem dono, que não admite ficar presa a ninguém. Dona de si mesma, ela se rege, se governa por seus princípios internos, muitas vezes à custa de muito sofrimento, pois toda liberdade tem seu preço.
Este princípio feminino é representado por várias deusas e uma delas é Ártemis, a arqueira-virgem e amazona infalível, que corria livre pelos campos e de coração solitário. Ela é arquétipo da feminilidade mais pura e primitiva. Ela santifica a solidão e a vida natural. E, é ela que garante a nossa resistência a domesticação. Outra deusa da Lua Crescente é Inanna, uma antiga entidade suméria que é portadora de qualidades lunares femininas. Em época de mudanças, esta deusa sempre está presente e pode ser invocada.
As mulheres que incorporam os atributos da Lua Crescente são muito sensuais, verdadeiras Afrodites contemporâneas e conhecedoras da influência de seus poderes. Sentem orgulho de seu sexo e possuem uma vitalidade rara, somada a uma ansiedade de ampliar os horizontes de seu psiquismo. Jamais se adaptam a limites sociais e culturais, pois seu desejo de expansão é incontrolável. Estão sempre mudando, são mulheres inquietas e instáveis. Como a Lua Crescente, revolucionam, criam e transformam constantemente. São difíceis de serem civilizadas, pois como Ártemis, possuem um amor intenso pela liberdade, pela independência e autonomia. Possuem temperamento estouvado e aprendem muito cedo a engolir suas lágrimas e planejar vinganças pelas humilhações que sofrem, devolvendo na medida certa o que receberam.
Para um homem relacionar-se com uma mulher-lua-crescente, pode ser um desafio e tanto. Igualmente, a mulher que penetrar fundo nesse lado de sua natureza Artemísia, precisará reconhecer o poder primitivo de sua sanguinolência e o efeito que pode ter sobre o homem. A Lua Crescente nos põe em contato com todos esses aspectos da natureza feminina.
O aspecto de Mãe da Deusa sempre foi o mais acessível para que a humanidade o reconhecesse, invocasse e o identificasse. A Lua Cheia está associada à imagem maternal da Deusa, à mulher em toda a sua plenitude, ao potencial pleno da força vital. Ela corresponde ao crescimento e amadurecimento de todas as coisas, ao ponto culminante de todos os ciclos, à semente germinada e à plenitude do caldeirão.
Na Lua Cheia entramos em outra dimensão do feminino, aqui o instinto se coloca a serviço da criação e da humanização. Esta é a fase lunar que é iluminada pelo Sol em sua totalidade, indicando mais clareza de consciência e um melhor relacionamento entre masculino e feminino, o que propicia a criação.
A Lua Cheia é a Lua Grávida de criatividade, de riqueza e da realização do próprio crescimento. É a imagem da Mãe, com o poder divino de carregar uma nova vida em seu ventre. É ela que gera, promove o crescimento e dá o nascimento. Ela é a deusa da maternidade, que traz consigo a fertilidade para a terra e para os homens.
A Lua Cheia nos conecta com a terra, nos coloca em contato com os valores terrenos, é o próprio amor realizado. Esta Lua-Mãe, foi expressa mitológicamente pelos gregos como Deméter com sua prodigiosa energia para nutrir e acalentar e sua dedicação desinteressada para com os filhos e a família. Esta deusa-mãe também é visualizada em Cibele, Ísis, em Astarté. Todas aparecem sempre com o filho, o que pressupõe uma capacidade de relacionamento e reprodução realizada. O filho representa o nascimento, o Logos no feminino. A Lua, deste modo, relaciona-se com o mundo de maneira mais humana, através de seu filho. Estabelece-se assim, um contato mais íntimo entre o mundo interno e o externo, do divino com o terreno e do espiritual com o material.
A maternidade em si já é uma doação, mas também se associa à capacidade de sacrifício. Todas as deusas citadas têm em comum o fato de terem um filho que morre e depois ressuscita. O filho seria a semente que morre, se decompõe na terra, para trazer em seguida a renovação da vida. Mas, enquanto não chega à hora do sacrifício, o filho reina junto com a Mãe-Lua e é controlado por ela.
A mulher regida pela Lua Cheia é mais confiável, pois se assemelha à Mãe. Ela é acolhedora, mais domesticada e sempre se coloca à disposição e proteção do outro. Esta mulher tem os pés no chão e seus mistérios não são tão ocultos, pois ela se revela mais claramente. Ela acolhe a criação, que é a união do masculino com o feminino. Mas esta mulher tem uma preocupação exagerada com a segurança, o que impede o seu aprofundamento em seus relacionamentos, pois o contato mais íntimo, pode constituir-se em uma ameaça. Desenvolve então, um controle fora do comum e nada pode pegá-la desprevenida. Aqui se desenvolve um impedimento a sua criatividade, pois seus passos são calculados, evitando confrontar-se com o desconhecido, que podem lhe proporcionar surpresas desagradáveis.
A mulher-lua-cheia é a esposa e mãe perfeita, desfaz-se em eficiência e cuidados, mas faltam-lhe a paixão e a inquietação.
O terceiro aspecto da Deusa, a Anciã, corresponde à fase da Lua Minguante, sendo o menos compreendido e o mais temido.A Lua Minguante define-se no acaso e na velhice. É aquela que encerra em si a sabedoria e os segredos nunca revelados. Está associada à velha bruxa, ao deteriorar da força vital, ao envelhecimento, assim como, aos poderes de destruição e da morte, à destruição do impulso de Eros.
A mulher que é regida pela Lua Minguante é misteriosa e por vezes indefinível. Parece possuir um potencial para realização de algo que é difícil definir com exatidão. Possui virtualidades pressentidas, mas nem sempre realizadas. Ela mesma não se define de maneira consciente e clara. Possui também uma certa dificuldade em lidar com os aspectos da vida consciente. Esta é a mulher que vive no "mundo da lua". Está sempre descobrindo novas possibilidades, mas tem certa dificuldade em direcioná-las e nunca consegue finalizar o que começou.
Como está mais próxima e mantém constante contato com as fontes inconscientes da fertilidade, aparenta estar realizando algo, mas que pode nunca concretizar. É sempre suscetível a perder-se em sonhos e devaneios em função da dificuldade que tem em lidar com o concreto e o real. O seu maior obstáculo é o tempo presente, pois está sempre voltando ao passado, revendo tudo o que foi capaz de realizar, ou lamentando o que deixou de fazer. Ela está sempre distante do presente e por isso torna-se fria e distante dos outros, devido ao seu excesso de auto-referência.
A sua criatividade, se não submetida ao controle do ego consciente, pode assumir uma forma caótica e desordenada. A sua maior dificuldade está em mobilizar e dirigir essa energia. Possui todo o potencial para a criação por seu acesso fácil às fontes criadoras lunares, mas necessita compreender e separar a mistura urobórica criativa, a fazer a ordenação do caos, para que ele se transforme num cosmo criativo.
A mulher Lua Minguante possui uma energia muito forte, mas ela pode manifestar-se de maneira tanto construtiva, como destrutiva, dependendo da forma como trabalha o seu consciente. A necessidade de mudança também está sempre determinando seu comportamento. O que mais importa para ela é o próprio processo do que o objetivo final, o caminho não tem tanta importância, mas premente é a necessidade de fazer a passagem.
A introspecção ao mundo interior ocorre facilmente para a mulher regida pela lua minguante. A sua maior dificuldade está no fato de tornar-se produtiva e realizar toda a fertilidade encontrada. Se não conseguir direcionar essa vitalidade, objetivando-a e encaminhando-a para a realização criativa, toda essa riqueza pode se tornar inútil.
A Lua Minguante sempre serviu como vaso adequado para a projeção de todo o lado sombrio, tanto do homem como da mulher. Aqui se penetra no reino de Hécate e Lilith e tantas outras deusas que apresentam aspecto sombrio, mas que pode no final nos trazer a iluminação. Talvez se torne necessário para a mulher fazer um acordo com estas deusas, para que elas a presenteiem com a possibilidade de um enriquecimento de personalidade, permitindo a sua expressão de uma forma mais humanizada e não tão instintiva. Deste modo, as dimensões do instinto poderão ter uma via mais integrada, em que pode haver a participação de novas forças energéticas.
É observando e reconhecendo os movimentos da Lua no céu e integrando as suas três fases, que poderemos nos alinhar e sintonizar com o fluxo do tempo e com os ritmos naturais. Nos utilizando os poderes mágicos da Lua e reverenciando as Deusas ligadas a ela, criaremos condições para melhorar e transformar nossa realidade, harmonizando-nos e vivendo de forma mais equilibrada, plena e feliz.
Hoje, a maioria das religiões, concebe como única e suprema uma divindade que é masculina, entretanto, ao resgatarmos tradições mais antigas, aprendemos que anteriormente, tanto o homem quanto a mulher, cultuavam uma Grande Mãe. O resgate destas tradições nos leva a compreender que homens e mulheres nasceram para viver em parceria e que, nós mulheres, podemos honrar o espírito feminino, buscando o equilíbrio e a paz, para ambos os sexos.
As mulheres, nos últimos anos, desbancaram a bandeira de sexo frágil. Elas batalharam e conseguiram a independência, poder e reconhecimento. Em pé de igualdade com o homem, hoje tem como meta principal conciliar carreira, maternidade e encontrar um homem ideal. Os homens em contrapartida, não mudaram tanto assim, não acompanhando o ritmo veloz feminino. Em conseqüência disto, criou-se um abismo entre os dois sexos. Mas, felizmente, as mulheres jamais abandonaram o seu ideal romântico de encontrar um companheiro para caminhar lado a lado. Todas anseiam apaixonar-se e casar, mas não abrem mão da busca do sucesso profissional. Assim, alegam a maioria delas, se fracassarem na vida sentimental, terão o trabalho para satisfazê-las e ocupá-las. Devem então, ter muito cuidado para não investir tempo integral às suas carreiras, pois fatalmente, por total falta de tempo matarão sua vida afetiva.
O amor e a maternidade para a mulher é um fator mais do que biológico. Ir contra a sua natureza fará com que a mulher deixe de usufruir uma realização pessoal.
O homem também obteve alguns avanços e hoje, ele parece estar mais disponível e sensível. A cada dia vislumbram-se pais mais participantes, amantes mais amorosos e companheiros que dividem com a mulher as tarefas rotineiras da casa. Estamos, entretanto ainda, em um momento de transição, onde os papéis masculinos e femininos não estão bem delineados. O homem continua a não saber direito lidar com suas emoções em função de sua postura cultural e a mulher buscou e conquistou a independência, o reconhecimento e a igualdade. Mas bem no íntimo, ela continua romântica e deseja ser conquistada. No fundo, talvez não imaginasse que pudesse ir tão longe para depois se sentir perdida. Com tantas conquistas, vieram também às armadilhas e ela acabou sobrecarregada, pendendo de um lado para o outro com a expansão das possibilidades.
Este é o momento da mulher parar de provar que pode tudo e unir-se em companheirismo com o homem. Se realmente buscamos construir uma sociedade equilibrada e serena, todas as idéias egocêntricas de superioridade e culto à guerra sexista deve desaparecer entre os homens e mulheres, dando lugar a uma visão cósmica de complementaridade entre os sexos.

As salamandras

Salamandras

SALAMANDRAS
ELEMENTAL DO FOGO














São responsáveis pela iluminação, pelo calor, pelas explosões e pelo funcionamento dos vulcões.
 Não se deve confundi-las com os homônimos anfíbios, tipo lagartos do plano físico.
 Foram os movimentos serpenteantes desses elementais no interior das labaredas de fogo,
 semelhantes aos movimentos sinuosos das caudas dos lagartos e lagartixas, que lhes valeram esse curioso nome.
 Porém, essa é a única relação entre eles e o animal.

As salamandras despertam poderosas correntes emocionais no homem.
 Alimentam os fogos do idealismo espiritual e da percepção.
Sua energia auxiliar a demolição do que é velho e a edificação do novo.

Isto porque o fogo tanto pode ser destrutivo quanto criativo em suas formas de expressão. Os elementais do fogo trabalham com o homem e com o mundo por intermédio do calor, do fogo e das chamas, quer se trate da chama de uma vela, das chamas etéreas ou da própria luz solar. São incrivelmente eficientes nos trabalhos de cura, pois ajudam a desintoxicar o organismo, sobretudo nas situações críticas. Mas devem ser empregadas com muita cautela, pois suas energias radiantes são dificílimas de controlar. De modo geral, encontram-se sempre presentes quando a cura está para se manifestar.

Os elementais do fogo colaboram imensamente para a preservação de nosso corpo espiritual. A energia irradiada pelas salamandras ao nosso corpo espiritual perpassa todos os planos até atingir o corpo físico. Elas intensificam a espiritualidade elevada, a fé e o entusiasmo. Colorem nossa percepção e ampliam o discernimento espiritual para que ele sobrepuje o psiquismo inferior.

Uma salamandra foi designada para acompanhar cada um de nós ao longo dessa existência. Ela contribui para o bom funcionamento do corpo físico, a manutenção da temperatura corporal adequada, estimula o metabolismo orgânico para a continuidade da boa saúde e auxiliar a circulação. O metabolismo lento é indício de uma atividade relaxada das salamandras. Já o metabolismo acelerado pressupõe uma atividade exacerbada dos seres e espíritos do fogo. Uma boa conexão e relacionamento com nossa salamandra pessoal estimula a vitalidade e a franqueza. Elas nos ajudam a desenvolver vontade própria e firmeza, além de impulsionar fortes correntes espirituais positivas e bem-determinadas. Fomentam o sentido de auto- estima, mantêm as aspirações em alta e nos impulsionam a uma atuação marcante no cenário da vida.

A fraca ligação com nosso Elemental pessoal e demais espíritos do fogo configura-se como falta de ânimo, esmorecimento em relação à vida, falta de fé e crescente senso de pessimismo. Por outro lado, a proximidade demasiado intensa com estes elementais e outros do reino podem acarretar falta de autocontrole e de sensibilidade. Haverá tendência à irrequietude e a um excesso de atividade que pode levar a um desgaste do ser. A falta de paciência também é reflexo da influência excessiva desse elemento.

De todos os elementais, as salamandras são os mais difíceis de compreender e aqueles com os quais a harmonização é mais complexa. A melhor forma de controlá-los é agir serenamente. Podemos controlar nosso fogo interior por meio da calma e de uma postura tranqüila e satisfeita em relação à vida. Em outros termos, significa aceitar a existência como ela é aqui e agora.

Além de serem agentes primordiais da natureza, as salamandras adoram a música e sentem-se fortemente atraídas por ela, sobretudo quando está sendo composta. Suas energias são vibrantes. Controlá-las e direcioná-las de modo a produzir resultados positivos requer tamanha habilidade. Recomenda-se a todo compositor, poeta ou qualquer um que exerça atividade criativa, que procure cultivar uma melhor sintonia com as salamandras.

Os elementais e seus misterios






Os Elementos e seus Mistérios

Temos que nos aproximar dos elementos com calma e equilíbrio, isso se queremos de fato entrar na essência dos mesmos e não apenas brincar de fazer "contato”.
Em muitas mitologias os seres nascem da lama (água e terra) tem a vida soprada em si (ar) e o fogo é lhes dado via de regra por seres que revolucionam a ordem estabelecida para isso (Prometeu, A serpente que dá o fruto da árvore do conhecimento). Há um porque na localização dos elementos nas quatro direções. A água a oeste está ligado ao fato que o poente é a morte, a grande imersão no inconsciente e tudo que isto simboliza. A água tem esse papel primordial como símbolo do grande inconsciente.
AR a leste, onde o sol nasce, onde a vida se renova, onde o prana é fortalecido toda manhã.
O FOGO, para nós do hemisfério sul, vem do norte, de onde vem o calor.
A TERRA, símbolo do frio e do recolhimento ao sul, onde temos o frio do gelo e do coagula.
Os animais simbólicos de cada direção variam de povo para povo, de tradição para tradição, de acordo com o símbolo que cada povo dava a cada animal.
Pois é como se diz, Elementais são legais, mas antes devemos saber MUITO, mas muito bem com o que estamos lidando. Elementais são forças plenas dos elementos da natureza, entrar em contato com eles sem entender bem o que está fazendo é se expor a muitos riscos e perigos desnecessários.
Temos que entender uma coisa antes de qualquer coisa.
Nenhum ser elemental ou ente da natureza leva a sério um ser humano, no princípio. Um judeu confiaria em alguém de uniforme nazista?
Pois a "forma humana" está associada aos que entram nas matas para destruir, poluir e matar. Aos que prometem algo de manhã para fazer o contrário à noite. Aos que prometem um ano "novo" a cada dia 31, para caírem na mesmice logo que fevereiro chega. Portanto a espécie humana está em guerra com a natureza e nós temos que aprender a sair da "estupidez" humana predominante e recuperar o elo com a magia. Aí vamos entender outro papel da iniciação.
Uma iniciação numa linhagem tradicional, como a Wicca, por exemplo, te coloca em outra freqüência vibracional. É como tirar o uniforme nazista e colocar algum símbolo da resistência em nós. Assim, para os elementais e outros entes que vêem a energia, fica claro que embora da espécie humana não partilhamos da grande deturpação de nossa época e, ao contrário, estamos em sintonia, com aqueles homens e mulheres que através das eras tem trabalhado em harmonia com a vida em todas suas formas. Mas não adianta só "iniciar-se” formalmente, temos que trabalhar nossa forma de viver. Não importa se você come alface ou um bife, importa o uso que faz dessas duas vidas que cederam para você continuar.
Ambas são sagradas, em ambos os casos uma vida deixou de existir em benefício da sua.
A harmonia com a qual você usa esta energia determina sua freqüência. Cada ato deve ser onisciente e trabalhado.
Se você passa por uma árvore e a sente como ser vivo, se começa a conversar com as plantas a ficar atento aos sinais é claro que sua percepção do mundo vai se modificando.
Como conectar com eles em exercícios do cotidiano mesmo que durem décadas, um dia estará conectado com eles?
Recomendo a todos que queiram mesmo estudar sobre os elementais plantarem algo. Num vaso simples se não tiverem quintal, plantem uns grãos de milho ou feijão. Vejam nascer, a necessidade de regar. No seu tempo no seu ciclo. Andar descalço, andar em matas, mesmo que seja num bosque ou parque no caso de uma capital, isso vai te ajudar a recuperar a harmonia com o elemento. 

Terra: Este é o primeiro passo.


O grande problema de nossa era é o que chamo de "esoterismo fast food". As pessoas são levadas a crer que podem se tornar adeptas da ARTE em algumas semanas, ou mesmo em "um ano e um dia".
Esse símbolo de um ano e um dia é forte, mas no sentido que para alguém dizer que está no caminho Wicca tem que primeiro sentir, observar e meditar sobre todo um ciclo da roda, daí um ano e um dia.
Mas isso é só o começo. Isso não torna ninguém um iniciado. Iniciar-se é mudar de vibração, é mudar a forma de ver o mundo. É sair da egrégora do senso comum humano, dos produtores e consumidores de produtos em sua maioria inúteis que só poluem e degradam o ambiente e se tornar uno com a Vida e seus ciclos.
Quer dizer que por quatro estações você começou a recuperar seu elo com a vida e seus ciclos, e observar a Terra e sentir sua força é o primeiro passo. Assim antes de parar no meio do círculo mágico, voltar-se para o sul e conclamar os poderes da Terra é necessário sentir o que é a Terra. Essa questão de chamar a Terra ao sul é muita, muito séria. Os poderes "cavalgam” o vento. Assim é nos ventos que as forças mágicas vem. E basta assistir qualquer informe meteorológico para saber que quanto sopra o vento sul, vem o frio, nunca o calor, portanto só no hemisfério norte o sul traz o fogo.
Inverter isso não é como o caso de seguir a roda do norte e do sul par festejar datas, onde se pode ligar a egrégora das forças, compensando a não ligação com a estação efetiva que se apresenta.
Os elementos estão ligados os quatro ventos e é importante sentir isso antes de pretender manipulá-los.
Já perceberam como tem gente que lida com magia e a vida é totalmente complicada confusa? A vida emocional é um caos, cheia de problemas e crises? São sérios candidatos a estar daqui a algum tempo num programa destes fundamentalistas dizendo que "Jesus me salvou da bruxaria".
Estes desequilíbrios são acentuados quando fazemos uso fantasioso dos elementos.
Os elementos precisam ser trabalhados com muita atenção e foco.
Vamos usar um exemplo simples.
Você conhece uma garota. Se você não procura primeiro entender o que ela gosta e não gosta, sentir o jeito dela vai dar “trocentos” furos em tudo que fizer para atraí-la e conquistá-la. Pode até mesmo conseguir afastá-la irremediavelmente, irritá-la quando pretendia agradá-la, dar um buquê de rosas de perfume e só depois descobrir que ela, embora te contasse que acha as rosas lindas, é profundamente alérgica às mesmas.
Vale o mesmo para os elementais.
Elementais não falam a língua humana, entendem sentimentos.
Se você nunca sentiu a Terra como pretende chamar os seres que representam o espírito desse elemento? Ou será que ainda tem gente que pensa que os gnomos são algum tipo de Smurfs?
Vamos lembrar que as antigas iniciações não eram feitas por livros ou textos. O aprendiz encontrava com quem ia ensinar, às vezes ia mesmo morar com quem lhe ensinava.
Hoje estamos perdidos em abstrações mentais, as pessoas decoram conhecimento na escola, depois não sabem aplicar na realidade cotidiana e pensam que podem fazer o mesmo na magia.
Decorar fórmulas prontas e acreditar que repetir um rito "padrão" vai por alguém em contato com forças de outras realidades.
Com relação às tendências dos elementos...Bem, eles não são nem bons nem maus, são forças essenciais dos elementos. Possuem um tipo de consciência totalmente diferente da nossa. Eles vivem na esfera deles, ao lado, mas à parte da nossa. Nós é que propomos o contato, nós é que fazemos a ponte. Nós é que o atraímos. Se não sabemos controlá-los é como acender uma fogueira numa casa de madeira. Quando o incêndio destruir tudo quem vamos culpar? O fogo?
Temos que perder essa imagem que elementais são meio Smurfs ou fadinhas do Peter Pan.
Elementais são uma coisa: Gnomos, sílfides, ondinas e salamandras.
Forças conscientes da essência dos elementos. Duendes, sacis, sereias, elfos são outra coisa. Elementais obedecem à força de vontade de quem os evoca e direciona, se não souber fazer isso com clareza vai criar problemas.
E não é "dominar”, "subjugar" é encantar.
Portanto antes de entrar na idéia de trabalhar com os elementais vamos trabalhar com os elementos. 


OS ELEMENTAIS
ONDINAS (Elementais da água)
Esta classificação aplica-se a todos os seres associados ao elemento água e à sua força.
Estão presentes nos lugares onde há uma fonte natural de água. A atividade das ondinas se manifesta em todas as águas do planeta, quer provenham de chuvas, rios, mares, oceanos, etc. Da mesma forma que os gnomos, estão sujeitas à mortalidade, mas sua longevidade e resistência são bem maiores.
A água é a fonte da vida e estes seres são essenciais para nos auxiliar a encontrar a nascente interior. Despertam em nós os dons da empatia, da cura e da purificação.
Muitas lendas sobre sereias, damas dos lagos e demais espíritos aquáticos sobreviveram até os nossos dias. Na realidade, trata-se de uma categoria mais evoluída de fadas que operam no interior do elemento, já que a natureza das ondinas é bem mais primária e menos desenvolvida. Os espíritos da água aparecem com maior freqüência sob forma feminina, mas formas masculinas como os tritões também estão presentes entre os espíritos mais evoluídos do elemento. As ondinas colaboram para a manutenção de nossos corpos astrais. Despertam e estimulam a natureza emotiva. Realçam nossas intuições psíquicas e respostas emocionais. As energias da criação e do nascimento, assim como a premonição e imaginação criativa, pertencem a seu domínio.
Também nos ajudam a absorver, digerir e assimilar as experiências da vida para que façamos pleno uso delas. Além disso, é graças a elas que sentimos o profundo êxtase presente nos atos vitais criativos, seja de natureza sexual, artística ou até no cumprimento dos deveres com o toque emocional adequado.
As ondinas freqüentemente fazem sentir sua presença no plano onírico. Sonhos em ambientes aquáticos ou que transbordam sensualidade espelham a sua atividade permitindo um aumento da criatividade em nossas vidas. O trabalho com elas nos ajuda a controlar e direcionar a atividade onírica, bem como a fortalecer o corpo astral, possibilitando vivências mais nítidas e conscientes durante viagens aos planos astrais.
Uma ondina em particular nos acompanha ao longo de toda a vida. A sintonia com ela possibilita o contato com outros seres de seu elemento. Esse nosso elemental pessoal da água desempenha funções importantes no tocante à circulação dos fluidos corporais, tais como o sangue e a linfa. As enfermidades sangüíneas contaminam as ondinas, e atam-nas, contra sua vontade, ao carma e aos efeitos indesejáveis da enfermidade.
Sempre que abusamos de nossos corpos, abusamos também das ondinas, pois, uma vez designadas para acompanhar um ser humano, são obrigadas a sentir esses efeitos negativos, inclusive porque dependem de nós para o seu crescimento e só evoluem à medida que também o fazemos. A conexão insatisfatória com nossa ondina pessoal e demais seres do reino das águas gera distúrbios psicológicos, emocionais e até psíquicos. A compaixão faz-se ausente. Deixamos de confiar em nossa intuição e desenvolvemos um medo desenfreado da dor. Pode não acarretar a total perda da sensibilidade, mas no fará parecer frios aos olhos alheios. A falta de simpatia, de empatia e de amor à vida invariavelmente refletem falta de entrosamento com as ondinas e demais espíritos desse elemento, os quais dirigem nossa atividade emocional. A ruptura com esse equilíbrio harmônico aumenta a presença de toxinas no organismo, pois o elemento água já não flui livremente para desempenhar sua função purificadora.
Por outro lado, uma ligação exagerada com tais elementais pode nos afogar emocionalmente, tornando-nos contraditórios nos sentimentos. A retenção de água no organismo é um bom indício físico de que isto está acontecendo. Quando tal ocorre, passamos a maior parte do tempo concentrados em nossos pensamentos. A imaginação torna-se pronunciadíssima e evidencia-se nas ações uma tendência ao extremismo. O excesso do elemento água nos torna compulsivamente passionais, além de gerar exagerada sensualidade, medo e isolamento. Passamos a dedicar grande parte do tempo a anseios e delírios emocionais, em detrimento de ações concretas. Disso resulta uma acentuada sensação de vulnerabilidade.
Por intermédio de nossa ondina pessoal, entramos em contato com os sentimentos e emoções mais profundas do nosso ser e despertamos para a unicidade da criação. Elas nutrem nossa capacidade de sustento e suprimento, e descortinam diante de nós um vasto oceano emocional onde podemos encontrar compaixão curativa e intuição. Em razão de sua natureza fluídica, a melhor maneira de controlar as ondinas é por meio da firmeza. 

SALAMANDRAS (Elementais do FOGO)


As salamandras se encontram por toda parte. Nenhum fogo é aceso sem o seu auxílio. Sua atividade é intensa no subsolo e no interior do organismo e da mente.
São responsáveis pela iluminação, pelo calor, pelas explosões e pelo funcionamento dos vulcões.
Não se devem confundi-las com os homônimos anfíbios, tipo lagartos do plano físico. Foram os movimentos serpenteantes desses elementais no interior das labaredas de fogo, semelhantes aos movimentos sinuosos das caudas dos lagartos e lagartixas, que lhes valeram esse curioso nome. Porém, essa é a única relação entre eles e o animal.
As salamandras despertam poderosas correntes emocionais no homem. Alimentam os fogos do idealismo espiritual e da percepção. Sua energia auxiliar a demolição do que é velho e a edificação do novo. Isto porque o fogo tanto pode ser destrutivo quanto criativo em suas formas de expressão.
Os elementais do fogo trabalham com o homem e com o mundo por intermédio do calor, do fogo e das chamas, quer se trate da chama de uma vela, das chamas etéreas ou da própria luz solar. São incrivelmente eficientes nos trabalhos de cura, pois ajudam a desintoxicar o organismo, sobretudo nas situações críticas. Mas devem ser empregadas com muita cautela, pois suas energias radiantes são dificílimas de controlar. De modo geral, encontram-se sempre presentes quando a cura está para se manifestar.
Os elementais do fogo colaboram imensamente para a preservação de nosso corpo espiritual. A energia irradiada pelas salamandras ao nosso corpo espiritual perpassa todos os planos até atingir o corpo físico. Elas intensificam a espiritualidade elevada, a fé e o entusiasmo. Colorem nossa percepção e ampliam o discernimento espiritual para que ele sobrepuje o psiquismo inferior.
Uma salamandra foi designada para acompanhar cada um de nós ao longo dessa existência. Ela contribui para o bom funcionamento do corpo físico, a manutenção da temperatura corporal adequada, estimula o metabolismo orgânico para a continuidade da boa saúde e auxiliar a circulação. O metabolismo lento é indício de uma atividade relaxada das salamandras. Já o metabolismo acelerado pressupõe uma atividade exacerbada dos seres e espíritos do fogo.
Uma boa conexão e relacionamento com nossa salamandra pessoal estimulam a vitalidade e a franqueza. Elas nos ajudam a desenvolver vontade própria e firmeza, além de impulsionar fortes correntes espirituais positivas e bem-determinadas. Fomentam o sentido de auto-estima, mantêm as aspirações em alta e nos impulsionam a uma atuação marcante no cenário da vida.
A fraca ligação com nosso elemental pessoal e demais espíritos do fogo configura-se como falta de ânimo, esmorecimento em relação à vida, falta de fé e crescente senso de pessimismo. Por outro lado, a proximidade demasiado intensa com estes elementais e outros do reino pode acarretar falta de autocontrole e de sensibilidade. Haverá tendência à inquietude e a um excesso de atividade que pode levar a um desgaste do ser. A falta de paciência também é reflexo da influência excessiva desse elemento.
De todos os elementais, as salamandras são os mais difíceis de compreender e aqueles com os quais a harmonização é mais complexa. A melhor forma de controlá-los é agir serenamente. Podemos controlar nosso fogo interior por meio da calma e de uma postura tranqüila e satisfeita em relação à vida. Em outros termos, significa aceitar a existência como ela é, aqui e agora.
Além de serem agentes primordiais da natureza, as salamandras adoram a música e sentem-se fortemente atraídas por ela, sobretudo quando está sendo composta. Suas energias são vibrantes. Controlá-las e direcioná-las de modo a produzir resultados positivos requer tamanha habilidade. Recomenda-se a todo compositor, poeta ou qualquer um que exerça atividade criativa, que procure cultivar uma melhor sintonia com as salamandras.
Nossas salamandras pessoais nos auxiliam a compreender os mistérios do fogo. Ajudam a despertar os níveis mais elevados de nossa espiritualidade e a elevar o patamar de nossas aspirações. De forma geral, estimulam e fortalecem o campo áurico a tal ponto que facilitam o reconhecimento das forças espirituais atuantes em nossas vidas e o contato com elas.



SILFOS (Elementais do AR)

Os silfos são, dentre os elementais, os que mais se aproximam da concepção que geralmente fazemos dos anjos e fadas, e freqüentemente trabalham lado a lado com esses mesmos anjos. Eles correspondem à força criadora do ar. A mais suave das brisas, assim como o mais violento dos furacões são resultados de seu trabalho.
O ar é a fonte de toda energia vital. Tem recebido nomes variados em diversas partes do globo como prana, chi, ki etc., mas é sempre essencial à vida. Podemos passar sem comida ou água por períodos mais ou menos longos, entretanto é impossível viver sem ar por um período prolongado de tempo, pois respirar é necessidade básica à manutenção da existência.
Nem todos os silfos trabalham e vivem obrigatoriamente na atmosfera. Muitos possuem elevada inteligência e trabalham para criar o ar e correntes atmosféricas adequadas à vida na Terra.
Quando respiramos profundamente e sentimos um doce frescor no ar, estamos nos familiarizando com o fruto do trabalho deles. Vários silfos desempenham funções específicas ligadas à atividade humana. Alguns trabalham para aliviar a dor e o sofrimento. Outros para estimular a inspiração e criatividade. Uma de suas tarefas mais específicas consiste em prestar auxilio as almas de crianças que acabam de fazer a transição. Também atuam temporariamente como anjos da guarda até estarmos mais receptivos e preparados.
Um silfo é designado para acompanhar cada ser humano ao longo de sua existência. Este silfo nos ajuda a conservar e desenvolver o corpo e aperfeiçoar os processos mentais. Assim, nossos pensamentos, bons ou maus, afetam-nos intensamente. Eles encorajam a assimilação de novos conhecimentos e fomentam a inspiração. Trabalham para purificar e elevar nossos pensamentos e inteligência, e também nos auxiliam a equilibrar o uso conjunto das faculdades racionais e intuitivas. No plano físico, nosso silfo pessoal trabalha para que assimilemos melhor o oxigênio presente no ar que respiramos, bem como para manter adequadamente todas as outras funções que o ar desempenha no corpo e no meio ambiente. A exposição à poluição, fumaça, etc. afeta a aparência do silfo e compromete severamente a eficiência de seu trabalho no âmbito de nossas vidas.
Eles freqüentemente se apresentam sob forma humana, mas são assexuados e chegam a inspirar este tipo de comportamento em alguns seres humanos. Tenho observado que as pessoas nas quais predomina a atividade dos silfos geralmente não colocam a sexualidade no topo de sua lista de prioridades, e freqüentemente não conseguem compreender por que isso ocorre com tanta gente. Embora pareça indicar uma certa ruptura com o plano sentimental (elementais da água), devemos ser bastante cautelosos ao fazer tais presunções. O que acontece é que os silfos direcionam este ímpeto sexual e criativo para outros canais de expressão, a saber, o próprio trabalho. Contudo, é preciso muito cuidado para não incorrer em extremos; afinal, nenhum de nós pode prescindir de um equilíbrio entre os quatro elementos.
Uma conexão muito forte com os espíritos e elementais do ar tornam nossa mente tão ativa que ela passa a requerer constante controle e direção. Pode gerar excesso de curiosidade e intrometimento, paralisar a vontade em virtude da exagerada análise mental e hiperestimular o sistema nervoso, fazendo com que necessitemos de freqüentes mudanças. Além disso, pode ocasionar diversas formas de excentricidade, ou ainda induzir a um fanatismo acompanhado de falta de emoção e de sensibilidade. Também costuma gerar um desprendimento em relação ao que é físico e total desinteresse pelas atividades terrenas.
Já a falta de afinidade com os seres deste reino, incluindo o nosso silfo pessoa, pode distorcer nossa capacidade de percepção a ponto de eliminar o bom senso. É possível que fiquemos tão envolvidos com atividades e emoções que não sobre tempo para refletir sobre a própria vida. A tremenda falta de visão perspectiva que resulta disso pode debilitar gravemente o sistema nervoso e, sob essas condições, a curiosidade e imaginação tornam-se escassas ou mesmo inexistentes.
Os silfos provocam inspiração e afetam as faculdades mentais. A conexão com nosso silfo pessoa facilita a assimilação de novos conhecimentos, pois ele trabalha conosco para expandir a sabedoria.
Também são úteis na proteção do lar e propriedades em geral, porque suas abundante energia confunde as mentes de possíveis intrusos, preocupando-os e fazendo com que pensem duas vezes antes de invadir o espaço alheio.
A sintonia com o silfo pessoal confere acesso ao reino dos arquétipos. Ajuda a coordenar e verbalizar nossas percepções. Estimula a liberdade, o equilíbrio mental e uma saudável curiosidade.
A maneira mais eficaz de controlar nosso silfo pessoal é por meio da constância. Uma abordagem consistente e determinada da vida é indubitavelmente a melhor de todas, pois só ela assegura o pleno cumprimento de nossas resoluções. 

GNOMOS (Elementais da TERRA)


Esta denominação genérica abrange diversos seres desse plano elemental no reino das fadas. Não deve ser confundida com a concepção geral de gnomo que aparece em alguns livros, a qual representa apenas uma modalidade deles. Suas formas variam, mas em geral apresentam consistência e aparência "terrosas". Não são capazes de voar e o fogo os queima. Crescem e envelhecem da mesma maneira que o homem.
Diversos entes se agrupam nesta categoria e seu nível de consciência varia. São responsáveis pela manutenção da estrutura física da Terra. Ajudam-nos a perceber as cores, a sentir as energias da Terra e ensinam a utilização das forças ocultas.
Os gnomos são essenciais ao desenvolvimento de plantas, flores e árvores. Fornecer o colorido para as plantas, criar minerais e cristais e conservar o planeta Terra propício ao crescimento e evolução constituem algumas de suas tarefas. São dotados de grande destreza.
Os gnomos são os guardiões dos tesouros da Terra e, quando entramos em sintonia com eles, podem nos auxiliar a localizar riquezas subterrâneas e outros tipos de tesouros onde quer que estejam. Estes tesouros podem ser uma fonte energética oculta de um cristal ou mesmo o próprio ouro alquímico interior.
Operam com o homem por meio da natureza. Conferem a cada pedra a sua própria individualidade e energia característica. É por esse motivo que cada tipo de árvore, rocha ou flor possui algo diferente a nos ensinar.
Os gnomos também trabalham para preservar o corpo físico do homem, sua composição, assimilação de minerais, etc. Sem o seu auxílio não seríamos capazes de funcionar adequadamente no plano físico.
Um elemental da terra é designado para nos acompanhar ao longo de nossa vida - desde o nascimento - com o intuito de nos auxiliar a conservar o aparelho físico. É graças a essa conexão íntima que eles evoluem e adquirem alma. Nossos atos os influenciam e afetam grandemente. Ao abusar de nossos corpos, automaticamente abusamos do elemental que é responsável por ele.
Este elemental que nos auxiliar a desenvolver a percepção por meio dos sentidos físicos com consciência e confiabilidade é que nos ensina a cautela e prudência.
Uma conexão enfraquecida com o nosso gnomo pessoal e elementais da terra em geral nos tornam um pouco "lunáticos" e com tendência a desconsiderar os pré-requisitos básicos da sobrevivência.
Provavelmente nos sentiremos deslocados e à deriva num universo fantasioso. Quase sempre se manifesta forte tendência a negligenciar os cuidados com o corpo físico e a andar sem olhar para onde vamos.
Todas essas características indicam que precisamos nos aproximar mais de nosso gnomo pessoal.
Já a ligação excessiva com os elementais e espíritos da terra acarretam uma visão tacanha do mundo. Tornamo-nos excessivamente práticos, cépticos e cínicos. Sua energia pode nos transformar em pessoas demasiado cautelosas e conservadoras, desconfiadas e sem imaginação.
A sintonia equilibrada com o gnomo pessoal e suas energias nos faz desenvolver autodeterminação e estima. Ao permitir sua influência, tornamo-nos espontaneamente prestativos e humildes. A maneira mais fácil de controlar e direcionar os gnomos são por meio de uma generosidade espontânea. 



terça-feira, 20 de março de 2012

Feliz Ano novo ( astrologico ) !

2012: Ano regido pela Lua

:: Graziella Marraccini ::
Ao se aproximar o ano de 2012 do nosso calendário ocidental, parece aumentar também o medo do chamado ‘fim do mundo’ tão anunciado pelo Calendário Maia. Espiritualistas, esotéricos, religiosos ou não, todos, mesmo os mais céticos, estão interessados em saber se a tal profecia irá se concretizar. (A esse propósito escrevi um artigo já publicado no STUM). Mas devemos concordar que a Terra está enfrentando um período de intensas transformações e que, sejamos esotéricos ou não, precisaremos enfrentar uma grande transformação coletiva. Tenho certeza de que, cada um a seu modo, está procurando fazer adaptações em seu dia-a-dia, mesmo os mais favorecidos ou materialistas, não é? Aliás, quanto mais materialista mais ansioso: com este sobe e desce das bolsas de valores não há como dormir tranqüilo! Haverá crise econômica em 2012? Ocorrerão mais terremotos? Tsunamis? As mudanças climáticas irão piorar? Essas são perguntas que não ‘podem calar’!

Mas... como responder às nossas inquietações? Vamos e convenhamos: as informações que recebemos através da mídia não facilitam as coisas. Assistimos ‘ao vivo’ e diariamente a catástrofes, terremotos e inundações, enfrentamos o aumento da violência, os conflitos mundiais não parecem diminuir, para não falar dos problemas econômicos que tiram o sono de muitos dirigentes e chefes de família.
As grandes transformações anunciadas para a Era de Aquário já estão acontecendo! E não é de hoje que a Terra sacode, o mar se agita, o clima enlouquece. Essencialmente, o fato era que a informação não chegava de forma imediata como agora e os acontecimentos que não nos atingiam diretamente acabavam ficando ‘longe dos olhos’ e não afetavam nossas vidas. As catástrofes naturais ocorrem naturalmente porque é da natureza da Terra sacudir, cuspir fogo, agitar as águas: ela é um ser vivo em constante transformação. A história nos relata essas transformações ao longo dos milênios. Só que atualmente tudo parece mais rápido, mais imediato e nos atinge ‘em cima da hora’, não é mesmo? O ser humano se sente cada vez mais instável, inseguro e percebe que não consegue dominar as forças da natureza! Como fazer, então, para dormir tranqüilos? A quem pedir socorro? Eu creio que devemos continuar nossa evolução espiritual para nos fortalecer interiormente e enfrentar a época de turbulências em que vivemos.

Então, o que nos dizem os astros sobre o ano de 2012?
A Lua será a regente do ano e com ela virão todas as instabilidades que este satélite expressa do ponto de vista arquetípico. A astrologia, assim como muitas outras ciências, permite várias interpretações que dependem de tradições diferentes. A astrologia hindu é diferente da chinesa que é diferente da muçulmana que é diferente da ocidental. Mas todas elas são imensamente valiosas, pois transmitem conhecimentos milenares de sabedoria e tradição. Por essa razão todo esse saber é útil para servir de orientação na programação do novo ano. Com a visão da astrologia ocidental, tentarei esclarecer algumas das formas usadas para escolher o Regente do Ano.

Os astrólogos mais esotéricos buscam nos antigos caldeus este conhecimento que é baseado na chamada Estrela dos Magos , uma estrela de sete pontas onde são colocados o Sol, a Lua e mais cinco planetas (aqueles que são visíveis a olho nu e que eram conhecidos na antiguidade). A sequência em que são colocados os planetas não é clara, pois não segue a ordem lógica (de afastamento dos planetas em relação ao Sol ou em relação à Terra, por exemplo) e não vamos esclarecê-la neste artigo.

Os caldeus utilizavam as regências na seqüência mostrada pela figura abaixo, contando o Ano Zero sempre como sendo o Ano regido pelo Sol. E como encontrar o Ano Zero? Simplesmente dividindo o ano em questão pelo número 7 (sete eram os planetas conhecidos e que são vistos a olho nu) e obtendo como resultado um número de sobra. Esta sobra é o numero correspondente ao planeta regente do Ano. Quando a sobra for zero teremos, então, um ano Solar que iniciará novamente um ciclo. O último ano zero foi 2009. A Estrela nos indica ciclos de 7 anos.

Fazendo esse cálculo, o ano de 2012 nos deixa um número de sobra que é 3 e, portanto, num ano 3 o regente do ano será a Lua que se encontra nessa posição na Estrela dos Magos. Astrologicamente, a Lua rege o signo de Câncer, que corresponde à Casa IV da roda zodiacal.

Se o Sol é o princípio masculino, ou ANIMUS, a Lua é o princípio feminino ou ANIMA. A Lua, reflexo da luz solar, representa nossa infância, nosso lar materno e nossa mãe. É na infância que se forma e plasma nossa auto-imagem. O bebê se aconchega no útero materno, que é representado astrologicamente pela Lua, e dessa Lua ele depende para o seu desenvolvimento emocional e sentimental. É o elemento água, o leite, alimento que está representado na Lua. Assim que o bebê nasce, vai para o colo da mãe para receber calor, alimento e amparo. Se esta mãe o rejeitar, se ela lhe faltar, se ela não o alimentar, o bebê terá sérios problemas psicológicos na fase adulta, mesmo sem o saber conscientemente. De fato, a Lua representa o lado psíquico inferior, é formadora do EGO e faz parte da personalidade da pessoa. Os psicólogos sabem muito bem que os traumas da infância ficam escondidos no nosso subconsciente para sempre!

Mas, se a Lua representa a mãe, ela pode representar também a Terra, nossa mãe maior, aquela que nos alimenta, acalenta e acolhe, que nos dá a vida e que nos recebe na morte. O que terá a nos dizer essa Mãe Terra em 2012? Ela certamente continuará em seus ensinamentos, poderá nos mostrar todo o seu mal-estar do mesmo modo que faria uma mãe quando o filho não a obedece, e pega o mau caminho! Porém, tenho certeza, o fará com amor, no intuito de educá-lo e não de destruí-lo. A meu ver, ela, a Mãe Terra, procurará nos encaminhar para o caminho reto, de maneira que possamos continuar nossa evolução junto com ela. Não creio que ela se comportará como uma madrasta, talvez somente como uma mãe severa.

Se fizermos analogias astrológicas em nível coletivo, poderemos, então, deduzir que em 2012 estaremos dando muita importância ao núcleo familiar, mas também ao solo, ao país que nos abriga e nutre. Teremos muita instabilidade, seja no campo econômico, que nas modas, nos costumes, nos núcleos familiares que mudarão de forma, de composição. Os movimentos de massa, como manifestações, passeatas, clamores, e rebeliões aumentarão bastante, e no mundo inteiro. As preocupações com as ‘águas da vida’ estarão na pauta diária: mares, rios e oceanos precisarão de nossos cuidados, antes que seja tarde! As figuras femininas e maternais e os assuntos do trivial precisarão de novas abordagens, mais adequadas ao mundo em transformação. E, finalmente, precisamos pensar principalmente naquilo que entendemos como família! Qual é a sua importância para nós? Deixo essa reflexão para cada um de meus leitores.

Por outro lado, na estrutura da Cabala, na Árvore da Vida, a Lua corresponde à Sephirah de Yesod, o Fundamento. Ela é a 9ª Sephirah, Depósito de Imagens, Esfera da Ilusão. É nela que se plasma a alma do ser humano antes da materialização. É com essa energia que se realizam todas operações mágicas. A Sefirah de Yesod se encontra sob a direção energética do Arcanjo Gabriel. Este belíssimo arcanjo tem sob seu comando os Querubins, os Seres Fortes que regem da 65ª à 72ª Hoste angelical e comandam os elementais. O Arcanjo Gabriel guarda com sua espada os mistérios do Templo de Yesod e ele pode ser invocado nas operações mágicas usando a letra TAV por ser este o Tabernáculo cósmico do Aleph, o lugar de União onde se gera e fertiliza a Vida. Na virada do Ano, a Lua se encontrará no signo de Áries, na fase Crescente e em alinhamento com Urano. A Deusa da Noite, como é chamada a Lua, rege as mudanças, as emoções, as recordações e, desta feita, se entrarmos nesta sintonia poderemos nos tornar mais emotivos, nostálgicos e muito influenciáveis, desejosos de efetuar mudanças importantes em nossa vida.

COMO ENTRAR EM SINTONIA COM A LUA NA VIRADA DO ANO

A sintonia com a Lua é ideal para aqueles que querem mudar de casa, querem casar, querem ter um filho, ou querem “gerar” um novo projeto, uma nova semente de vida, seja ela qual for. A cerimônia da virada pode ser feita perto de um lago, de uma nascente ou de um rio, ou até mesmo à beira do mar.

Invoque o belíssimo Arcanjo GABRIEL (Mensageiro de Deus, Ser Forte em Deus) que irá proteger o ano de 2012.
ROUPAS: Branca com acessórios prateados ou dourados.
FLORES; Lírios brancos, margaridas, copos de leite ou ninféias aquáticas
PEDRAS: Opala, pedra da lua, quartzo branco, perolas.
INCENSOS: Aloés, jasmim.
VELAS: Branca ou prata
Não esqueça as lentilhas no prato! E também lembre que para gerar abundância você precisa ser generoso: doe alimentos aos mais carentes!

Para a Astrologia, os planetas Urano, Netuno e Plutão são os responsáveis pelo pano de fundo coletivo. Portanto, quando estes planetas adentram um novo signo, as motivações e a forma de atuar das pessoas mudam. Em fevereiro de 2012, Netuno ingressará em Peixes, permanecendo neste signo por longos quatorze anos.

Enquanto Netuno esteve em Aquário (1998-2012), a tecnologia se disseminou e também os subprodutos dela, como as redes sociais. O comportamento aquariano - descompromissado, livre, impessoal, antenado - passou a ser sentido como sendo o ideal (Netuno tem a ver com processos de idealização), inclusive na área afetiva.

Com a passagem de Netuno por Peixes, passaremos a ter uma valorização da música, que terá que expressar mais nossos sentimentos, do trabalho voluntário e de uma postura mais sensível. É possível, também, que a discussão sobre a homossexualidade, que ganhou destaque nos últimos anos, evolua para incluir todas as formas de diferenças, como transsexuais ou pessoas que vivem de modos alternativos, como polígamos.

Com o avançar de Netuno por Peixes, será mais difícil etiquetar e catalogar as pessoas. Será preciso expandir os conceitos para abarcar as diferenças. Em breve, também, aquilo que valorizamos em termos de moda e estilo passará por uma reformulação, pois Netuno representa o que consideramos coletivamente como belo e desejável, e a mudança de signo deste planeta alterará nossos ideais estéticos. Isto não acontecerá da noite para o dia, mas será uma mudança inexorável. O período de Netuno Aquário, por exemplo, foi o auge das "musas extravagantes", como Lady Gaga, Britney Spears, Amy Whinehouse. Netuno em Peixes trará outros ídolos. Estas são apenas algumas informações preliminares sobre esta grande mudança que começará a partir de 2012.

PRIMEIRO SEMESTRE: ÓTIMO PARA PLANEJAR E TRABALHAR

Em todo o primeiro semestre, Marte ficará no signo de Virgem. Esta é uma ocorrência excepcional, pois o trânsito de Marte por um signo dura pouco mais de dois meses. O motivo para a extensão desta passagem é devido à retrogradação deste planeta, que ocorrerá de 23 de janeiro a 14 de abril, e cujos efeitos foram analisados neste outro artigo.

Marte em Virgem é útil principalmente para trabalhar, pois Virgem é um signo de detalhes e da preparação para as coisas que queremos. Está ligado ao esforço contínuo que temos de fazer para atingir um objetivo. Por exemplo, quem quer passar em concurso precisa estudar, quem deseja estar em boa forma tem que fazer exercícios, e assim por diante. Tudo isto requer ações cotidianas, o que está relacionado à Virgem.

Embora o primeiro semestre seja ótimo para produzir, o período em que Marte estiver retrógrado não será bom para lançar projetos, mas para prepará-los. A exceção é se estes projetos já estiverem muito adiantados e amadurecidos, com todos os detalhes já fechados. Mas o mais provável é que não, e sim que seja justamente a época para revisões e ajustes antes de lançamentos importantes. Além disso, tudo o que é lançado com Marte retrógrado acaba sendo muito trabalhoso no futuro, porque contém a possibilidade de retrabalho.

Até o mês de março, estaremos sob o efeito benéfico de Júpiter em trígono com Plutão. Marte formará uma aliança positiva com estes dois planetas. Esta combinação inspira a nossa ambição e vontade de crescer. Poderemos nos sentir instados a explorar novas áreas e possibilidades materiais. Se a isto aliarmos a prática, justamente no que Marte em Virgem pode nos auxiliar, e fizermos um projeto bem planejado, teremos muita chance de sermos bem sucedidos. É importante ressaltar que estes planetas estarão em signos do elemento Terra, o mais realista de todos, pedindo que sejamos arrojados, mas com base em dados, mantendo os pés no chão.

Júpiter em trígono com Plutão também contribui para que possamos nos recuperar em áreas deficientes de nossas vidas e nos instruir mais em assuntos em que nossos conhecimentos sejam insuficientes, sejam de ordem prática ou subjetiva (exemplo: filosofia de vida, inteligência emocional, etc). Para tanto, ser humilde e ter vontade de aprender será fundamental. Haverá, ao nosso redor, pessoas incentivando o nosso crescimento e oportunidades para o nosso aperfeiçoamento. Como temos livre arbítrio, podemos escolher entre aproveitar entre excelente momento ou desperdiçar esta boa chance que o céu nos oferecerá.

MAIO E JUNHO: REVISÃO NOS RELACIONAMENTOS

De 15 de maio a 27 de junho, o planeta Vênus irá retrogradar. O intervalo aproximado entre as retrogradações de Vênus é de cerca de um ano e meio, relativamente longo, o que faz com que o período da retrogradação se destaque. Quando este planeta fica retrógrado, as relações passam por uma revisão. Há uma tendência a uma maior suscetibilidade e reflexão no que se refere a este tema, com distorções e desequilíbrios sendo percebidos com maior clareza. Não será surpresa se rompimentos e alterações nos relacionamentos acontecerem nesta fase, bem como retornos de pessoas do passado. Em razão de uma maior delicadeza, será necessário, ainda, que tenhamos maior habilidade diplomática com nossos gestos e palavras.

No caso de relacionamentos novos iniciados sob esta retrogradação (ou um pouco antes), será necessário observá-los muito bem, pois é como se ficassem um tanto quanto velados, como se não pudéssemos compreendê-los com clareza, com chance de mudarem ou se revelarem quando Vênus retornar ao movimento direto.

Vênus é também um significador de dinheiro e este assunto também poderá ficar mais delicado durante a retrogradação. Profissionais liberais deverão evitar estar sem reservas nas proximidades da retrogradação, pois o dinheiro poderá ficar mais curto. Será necessário ser mais cuidadoso com compras e investimentos de maior porte, pois haverá tendência a erros de julgamento.

JUNHO E JULHO: FIQUE DE OLHO NAS ILUSÕES

Até o dia 10 de junho, Júpiter estará transitando por Touro, trazendo uma forte motivação pelo progresso material. Haverá um apelo, também, por sermos mais afetuosos e curtirmos mais a vida. A partir do dia 11 de junho, Júpiter ingressará em Gêmeos, onde ficará durante um ano. Este posicionamento irá colocar ênfase no ensino, aprendizado, troca, comunicação, circulação de informações e produção de inovações. Estará em alta ser criativo, ágil, bem humorado e bem informado, qualidades deste signo. Mas haverá, também, um aumento das fofocas, escândalos e criação de falsos ídolos. Gêmeos representa o nosso lado que precisa de novidades e entretenimento, um outro campo que terá muito crescimento a partir de meados do ano.

Júpiter, porém, terá um momento tenso entre 11 de junho e 4 de julho, quando irá quadrar Netuno. Haverá uma tendência coletiva a produção de notícias falsas ou imprecisas, com muita tensão e burburinho. Será um momento, igualmente, de explosões de bolhas de expectativas e escândalos (ligados, especialmente, a figuras de alta autoridade, religiosos, ao âmbito jurídico, além de abranger o campo das relações diplomáticas). Na vida pessoal, haverá uma tendência a se empolgar com algo, com grandes chances, no entanto, de aquilo, no futuro, não corresponder totalmente às expectativas. Com esta combinação, podemos tirar facilmente os pés do chão e nos deixar levar por conversas ou, mesmo, pelo que nossa própria mente criar. Não será a melhor época de apostar todas as fichas em nada e será preciso ter muito cuidado com investimentos.

Junho também será o mês em que a quadratura de Urano com Plutão, cuja aproximação vem acontecendo desde 2010, ficará exata pela primeira vez. Este é um aspecto que anuncia grandes mudanças comportamentais coletivas e individuais, e que estará presente em nossas vidas até o final de 2015. É um aspecto complexo, que fala da necessidade de mudar, tentando novos caminhos e arriscando transformações.

SEGUNDO SEMESTRE DE 2012: A HORA DA CURA

Em outubro, Saturno, que vem transitando por Libra, ingressará em Escorpião. Saturno transitando por Libra inspira a tentar saídas mais moderadas e reforça a diplomacia. Com a entrada de Saturno em Escorpião, signo no qual irá ficar ao longo de 2013 e 2014, haverá maior tendência a ir aos extremos. Problemas mais complicados poderão emergir, requerendo mais esperteza, frieza e estratégia ou então pessoas e países terão mais a perder. Será preciso ser mais prevenido e seguro.

Escorpião é um signo ligado a enfrentar os problemas. Portanto, a partir do ingresso de Saturno neste signo, será a hora de as pessoas procurarem ajuda e solução para problemas diversos, como depressão, problemas na área da sexualidade, vícios, etc. A área terapêutica e dos tratamentos irá se desenvolver e crescer muito com Saturno transitando por este signo. As finanças, um outro tema de Escorpião, exigirão mais realismo e saneamento, mas também é provável que venha a existir maior disponibilidade em negociação de dívidas, tornado viáveis para que sejam pagas no futuro.

Um outro aspecto muito importante que estará presente nos primeiros meses de 2012 e, posteriormente, em outubro/novembro, será Saturno em trígono com Netuno. Este aspecto pede que saibamos construir nossa esperança e também os valores mais elevados na nossa vida. Favorece o cultivo da espiritualidade, por exemplo. Será a hora de trabalharmos interiormente para sermos positivos e, igualmente, para realizarmos os nossos sonhos."Será a hora de trabalharmos interiormente para sermos positivos e, igualmente, para realizarmos os nossos sonhos."

É bom lembrar que esta é uma luta, a princípio, solitária, pois é você quem tem que acreditar em si mesmo e nos seus projetos. Este aspecto pede que vençamos o nosso medo e insegurança como uma forma de superação.

O QUE HÁ DE DIFÍCIL EM 2012?

Podemos esperar tensões no meio do ano, em junho e julho, com chances de dificuldades financeiras, afetivas e desilusões. A passagem de Saturno em Escorpião indica tempos mais difíceis para nações, com possibilidade de guerras e menor poder de recuperação econômica. A última vez em que Saturno esteve em Escorpião foi no período de dezembro de 1982 até o final de 1985. Nesta época, acontecia o conflito entre Irã e Iraque (já iniciado anos antes, em 1980), tinha acabado de ocorrer a Guerra das Malvinas, que trouxe sérias consequências econômicas para a Argentina e, em junho de 1982, foi deflagrada a guerra do Líbano (com a retirada das tropas americanas somente em meados de 1984). Portanto, não achamos que o mundo vai acabar em 2012. No final do ano, sobretudo em dezembro, poderá haver a deflagração de problemas internacionais que seguirão em 2013 e 2014.

Mas e você? Deverá cuidar bem das suas finanças, saúde, família e espiritualidade. Cada um que faz a sua parte está contribuindo para um mundo melhor. Inclusive, o uso racional dos recursos e a reciclagem de materiais se tornará objeto de maior seriedade com o ingresso de Saturno em Escorpião. E Netuno em Peixes (2012-2025) pedirá que aprendamos a ser menos individualistas, pensando mais no bem-estar da coletividade. Empresas e governos serão mais cobrados no sentido de serem mais responsáveis e menos poluentes. As crianças, adolescentes e jovens que crescerão com Netuno em Peixes serão mais conscientes e engajados, e vão exigir muito mais dos adultos dos que os das gerações anteriores. Boa sorte, e nada de medo. Que venha a energia da luta e da coragem!